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As verdadeiras academias estão morrendo

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O treinador Rob King fala sobre o fim dos bons ginásios e a expansão dos “centros de fitness”

King: "“O que é vendido hoje como novo e fresco, acredite, já foi feito antes."

Rob King: “O que é vendido como novo e fresco, acredite, já foi feito antes.” (Foto: Acervo Pessoal)

O treinador Rob King, 40, é um apaixonado por musculação que fundou há alguns anos a Heavyweights Training Center e a Heavyweights Sports Supplements em Mount Pearl, na província de Newfoundland and Labrador, no Canadá. Com a experiência de quem acompanha a expansão mundial da cultura fitness, King afirma que as verdadeiras academias estão morrendo e vê com preocupação o crescimento desenfreado dos chamados “centros de fitness”. Segundo ele, na atualidade, muitas academias vendem mais ilusões do que resultados.

“O que é vendido como novo e fresco, acredite, já foi feito antes. Não existe nenhuma novidade. É o que podemos chamar de falsas reinvenções”, afirma. Rob King ingressou no mundo da musculação há 25 anos. Quando colocou os pés pela primeira vez em uma academia, logo se sentiu intimidado pela atmosfera do ambiente. “Imagine você, eu era um skatista de 15 anos que praticava artes marciais em frente de casa. Queria muito levantar pesos, mas tinha medo de entrar em uma sala de musculação”, diz.

Apesar do receio, o canadense encarou o desafio. Ainda considera o primeiro dia de treino como uma das experiências mais assustadoras de sua vida. “Quando entrei, vi um sujeito de cara fechada que mais parecia um guerreiro. Ele estava levantando pouco mais de 100 quilos no supino reto. Pra mim, parecia que eram mais de 400”, conta.

O temor se dissipou quando Rob se tornou parte de um grupo de marombeiros que treinava diariamente após às 18h. À época, o ginásio não tinha máquinas, com exceção de alguns rústicos aparelhos com cabos. “Quase tudo se resumia a barras, halteres e uma barra fixa. Muitos dos equipamentos pareciam caseiros. Na verdade, acho que eram”, destaca. Não havia esteiras na academia de King. Mesmo assim, ninguém sentia falta. Alguns nem sabiam o que era. Quando surgiram as primeiras, a surpresa foi geral. “Era um negócio enorme, gigante. Agora percebo como estou ficando velho”, comenta em tom bem humorado.

King: "Defendemos que quanto menor o número de pessoas agindo como hamsters em uma esteira, melhor!"

“Defendemos que quanto menor o número de pessoas agindo como hamsters em uma esteira, melhor!” (Foto: Acervo Pessoal)

“As pessoas estão preocupadas em sentir dor”

Quando pondera sobre a realidade atual das academias, lamenta o fato de que o comprometimento com os resultados foi deixado de lado. “As academias de hoje não são ginásios, mas sim ‘centros de fitness’”. As pessoas estão mais preocupadas com a possibilidade de sentirem dor ou ficarem com as mãos calejadas. Até transpirar parece exagerado, o que diriam então sobre fazer ruídos ou deixar os pesos caírem?”, questiona, lembrando que já viu marombeiros serem repreendidos por levarem pó de giz para algumas academias.

A expansão dos “centros de fitness” é definida por Rob King como um fenômeno mundial que pode piorar um pouco mais. E a culpa disso são daqueles que encaram a musculação como um sacrifício, atividade banal, ocasional ou meramente recreativa. Afinal, se esse é o pensamento de quem busca uma academia, com certeza, muitos proprietários vão se aproveitar disso para oferecer um serviço de baixa ou péssima qualidade. “Temos academias ruins porque há clientes que buscam isso. Se muitos dos frequentadores fossem conscientes, bem informados e tivessem bons objetivos, pode acreditar que muita gente pensaria duas vezes antes de se tornar instrutor ou abrir uma academia”, dispara.

“Defendemos o conceito Warehouse Gym

Por outro lado, Rob King tem fé que no futuro o mundo da musculação seja mais direcionado ao básico. “Não vejo razão para abrir mão daquilo que sempre funcionou muito bem. Aqui na América do Norte, estamos divulgando o máximo possível o conceito Warehouse Gym que se pauta no uso de halteres, trenós, cordas e correntes. Defendemos que quanto menor o número de pessoas agindo como hamsters em uma esteira, melhor!”, destaca.

Transformação recente de um dos alunos do canadense (Fotos: Rob King)

Transformação recente de um dos alunos do canadense (Fotos: Rob King)

O mais curioso é que na América do Norte o retorno ao básico encontrou uma grande base de defesa entre pessoas que não são atletas, mas amam treinar. “A diferença está sendo feita por gente que nas horas vagas se dedica ao treino duro e pesado. Propagamos a ideia de que não são necessários muitos equipamentos para proporcionar bons resultados”, conta.

Quando Rob King decidiu fundar a sua primeira academia, ele alugou um pequeno salão. À época, tinha apenas uma gaiola de agachamento, um pneu grande, algumas cordas e modestos equipamentos de pequeno porte. “O que não me faltava era a capacidade de criar, me divertir e me desafiar”, explica, acrescentando que nunca se preocupou em comprar aparelhos aeróbicos.

O interesse pela musculação levou o treinador a participar de competições de bodybuilding e powerlifting. “Comecei aprendendo e continuo aprendendo. Viajo muito e invisto na minha educação. Estou sempre em contato com os melhores do ramo. O conhecimento constante é essencial para quem quer ajudar as pessoas”, garante.

"Ingressei no ramo com apenas 200 dólares em suplementos" (Foto: Acervo Pessoal)

“Ingressei no ramo com apenas 200 dólares em suplementos.” (Foto: Acervo Pessoal)

“Odeio ver tanta gente sendo enganada”

Segundo o treinador canadense, é animador ver o aumento da popularidade da cultura fitness nos últimos anos. Afinal, isso mostra que há muita gente querendo entrar em forma. Em contraponto, o interesse também fez surgir novas e grandes empresas que priorizam o lucro. “Não me entenda mal, sou totalmente a favor do fitness, mas vejo que estamos sendo engolidos pelas ‘big boxes’ ou o que chamo de walmart das academias”, reclama.

Exercícios incoerentes, uma infinidade de máquinas, atividades aeróbicas em que a pessoa não sai do lugar e treinos repetitivos por longos períodos são algumas das características dos “centros de fitness”, na perspectiva de King. “Por incrível que pareça, tudo isso me deu mais fôlego para tentar fazer a diferença. Odeio ver tanta gente sendo enganada por essas bobagens”, desabafa.

"Estamos sendo engolidos pelas ‘big boxes’ ou o que chamo de walmart das academias" (Foto: Acervo Pessoal)

“Estamos sendo engolidos pelas ‘big boxes’ ou o que chamo de walmart das academias.” (Foto: Acervo Pessoal)

“Jurei a mim mesmo que me superaria”

Na adolescência, com uma precoce obsessão por músculos, Rob se inspirou em Arnold Schwarzenegger, após ser hipnotizado pela interpretação do ex-bodybuilder no filme “Conan, O Bárbaro”, de 1982. Quando não podia ir ao ginásio treinar, corria para o quarto do irmão, onde se exercitava com um par de velhos halteres de concreto. Depois, começou a ler tudo que encontrava sobre musculação, até que surgiu a oportunidade de trabalhar na área administrativa de uma academia. Cansado de ficar atrás de uma mesa, se graduou e se tornou treinador.

“No meu quarto, eu tinha uma prateleira com 200 dólares em suplementos. E foi assim que ingressei no ramo de vendas. Anotava tudo que comercializava em uma caderneta. Mais tarde, me mudei para Vancouver e percebi que estava infeliz”, ressalta. O próximo passo foi voltar para a casa do pai e abrir uma loja de suplementos. Sem dinheiro e sem orientação, se arriscou. Dividia o tempo entre a recém-aberta Heavyweights Sports Supplements e o trabalho de treinador em uma academia.

King quando conheceu Arnold Schwarzenegger em 1999 (Foto: Acervo Pessoal)

King quando conheceu Arnold Schwarzenegger em 1999 (Foto: Acervo Pessoal)

“Jurei a mim mesmo que me superaria, que faria de tudo para transformar a vida de muita gente. Me comprometi em torná-los mais fortes e saudáveis. Encontrei a minha verdadeira paixão e nunca olhei para trás”, confidencia. Hoje, King tem o próprio ginásio, uma boa equipe e se orgulha de ter mudado a vida de milhares de pessoas. Além de treinador e empresário, também é palestrante e autor de mais de dez livros sobre fitness, saúde e qualidade de vida.

O encontro com Arnold Schwarzenegger

Em 1999, Rob King usou todas as economias para viajar para Columbus, em Ohio, nos Estados Unidos. Naquele ano em que o grande vitorioso foi o lendário bodybuilder alemão Nasser El Sonbaty, o objetivo de King era conversar com Arnold Schwarzenegger no Arnold Classic. “Foi a melhor experiência que tive aos 25 anos. Sem dúvida, mais um sonho realizado”, enfatiza.

Saiba Mais

Rob King é colaborador dos sites T-Nation, EliteFTS, Schwarzenegger, JasonFerrugia, BretContreas, PTPower, KickBackLife, Super-Trainer, DeanSomerset, InsideFitnessMag, ExerciseForInjuries, FixingMuscleImbalances, FitProInferno e da revista Muscle-Insider.

Dicas de Rob King para quem sonha em abrir uma academia

Você não precisa de muitas esteiras

Você não precisa da aprovação de ninguém

Você não precisa ter um ginásio crossfit

Você não precisa de um ginásio grande

Você precisa gostar de ajudar os outros

Você precisa ter uma mente aberta

Você precisa ter uma fome constante de melhorias

Você precisa querer fazer a diferença

Entenda, todas as grandes coisas começaram como pequenas

Comece agora!

Um homem moldado pelo ferro

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Com 20 anos de treino, Betão Marcatto se tornou uma importante referência da musculação no Brasil

A evolução de Betão Marcatto com a musculação (Foto: Arquivo Pessoal)

Na internet, o paulista Betão Marcatto se tornou uma das mais proeminentes referências da musculação, e não por acaso. Com uma relação de amor e ódio ao treinamento iniciada há 20 anos, o marombeiro graduado em eletrotécnica, mecânica, engenharia de produção e educação física se destaca por dividir o conhecimento com milhares de seguidores por meio do “Blog do Betão” e de uma página no Facebook. Outro diferencial é que Betão é o fundador da Academia Betoflex, de Guarulhos, São Paulo, uma das “mecas” do treino com pesos no Brasil.

Assim como muitas lendas do fisiculturismo, Betão Marcatto se sentia pequeno e muito magro na adolescência. “Um dia, meu pai trouxe uma fita de videocassete do filme ‘Comando para Matar’ com o Arnold Schwarzenegger, o que me impulsionou a procurar uma academia de musculação. Achei que se ficasse daquele tamanho seria mais respeitado na escola”, conta se referindo a um episódio em 1986, quando estava na sexta série do atual Ensino Fundamental.

Ao longo da trajetória com a musculação, Betão que tem 1,84m passou por uma fase em que se preocupava mais com volume do que qualidade muscular. “Só depois me dei conta que estava obeso, com 147 quilos. Foi a minha maior frustração. Então me empenhei e consegui reverter isso”, explica.

Marcatto: “O treino com pesos moldou meu caráter” (Foto: Arquivo Pessoal)

Apesar de ter vivido situações típicas entre marombeiros que estudam e trabalham, como dificuldade para conciliar horários, Marcatto jamais abandonou os treinos, nem quando era estagiário da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) e tinha apenas 30 minutos por dia para praticar musculação. Em vez de desistir, como faz a maioria, Betão encontrou uma academia no caminho para o trabalho.

Para entender a filosofia de vida do marombeiro é preciso ter em mente que a musculação vai muito além de atividade física que promove mudanças estéticas e de saúde. É uma prática com sentido metafísico que ensina a viver melhor, a ter disciplina e lidar com a frustração e a dor. “A musculação moldou meu caráter. Me deixou mais forte, menos emocional no sentido de sofrer por pouco. Você consegue transportar para fora da academia tudo aquilo que aprende treinando”, avalia.

Betão tem como inspiração fisiculturistas conceituados como o inglês Dorian Yates, o alemão Markus Rühl e o estadunidense Lee Priest que se tornaram expoentes da chamada Freak Era, em que os atletas começaram a se preocupar com enorme volume muscular, além de simetria e definição extrema. “Também me inspiro no [estadunidense] Derek Poundstone, grande atleta de strongman da atualidade”, acrescenta.

Os melhores resultados ao longo de duas décadas, Marcatto conquistou se autoavaliando, conhecendo o próprio corpo, lendo muito e tornando-se “cobaia” das próprias experiências que ele define como “insanidades”. “Tenho mais de 80 livros de musculação e aprendi a colocar em prática tudo que sei”, relata o marombeiro. Com muita bagagem profissional, reclama que as faculdades de educação física não preparam adequadamente o estudante para a profissão. A sugestão para o egresso evitar o fracasso é a procura de cursos específicos.

Betão fundou uma das “mecas” do treino hardcore no Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)

A Metroflex brasileira

Nos Estados Unidos, a Metroflex Gym, autora do slogan “A Hardcore Training Facility”, é um dos mais almejados ginásios de treino com pesos do mundo, onde treinam figuras emblemáticas como Ronnie Coleman e Branch Warren, fisiculturistas de elite do Mr. Olympia, a maior e mais tradicional competição de bodybuilding.

Com a referência da Metroflex, Betão Marcatto fundou a Betoflex em 13 de fevereiro de 2006, uma data que até hoje é lembrada com alegria e emoção. Betão deixou o emprego em outra academia um dia antes, levando para o novo ginásio um grupo de marombeiros que já se identificavam com o rigor de seus ensinamentos. “Sempre quis uma academia com professor que treina e incentiva os alunos, o que é raro hoje em dia”, diz.

Quem pratica musculação sem nenhuma meta específica pode se assustar logo na recepção, onde há cartazes com a frase “Pare! Se você não tem objetivo, não entre!” Outra raridade é que a Betoflex tem uma rigorosa política de trabalho aplicada aos alunos. “Já adianto o que espero de cada um e explico como será o tempo em que eles estarão aqui. Alguns desistem na mesma hora”, garante.

Betoflex oferece estímulos por meio de desafios (Foto: Arquivo Pessoal)

O marombeiro se orgulha dos 90% de alunos matriculados, de um total de 250, que treinam com seriedade. É um dado atípico se comparado a maior parte das academias, onde a minoria se empenha.

Cultura old school

Betão Marcatto faz o possível para contribuir com o sucesso dos alunos, seja incentivando, corrigindo a execução incompleta dos exercícios, um fato comum, ou impondo desafios. “Há alunos que chegam com vários vícios e um exemplo é o meio supino. A pessoa deve estar disposta a ouvir que treina errado e precisa mudar. É um grande impacto pra eles, tanto que muitos só ficam um mês”, lamenta. Embora a Betoflex seja conhecida como um ambiente masculino, a academia conta com uma sala feminina frequentada por um bom número de alunas.

Adepto dos princípios de treino old school, Betão deixa sempre um caderno na recepção, o que serve de baliza para estatísticas de melhorias. Quem chega deve escrever o próprio nome e o horário. “Além de custar uma fortuna, a catraca eletrônica deixa tudo muito formal e automatizado, o que não condiz com a Betoflex. Tanto é que sei o nome de todos os alunos. É uma questão de respeito”, ressalta.

No ginásio, também existe a preocupação com a trilha sonora, elaborada sob um esquema de progressão. Há mais de três mil músicas disponíveis. Pela manhã, os marombeiros “puxam ferro” curtindo hard rock, heavy rock ou rock clássico como Airbourne, Deep Purple e AC/DC. Betão treina um pouco mais tarde, quando prioriza bandas de thrash metal, groove metal e metal industrial como Sepultura, Pantera e Fear Factory.

Se o treino é pesado, a música também deve ser. “São gêneros que me inspiram. O resto do dia é recheado de Metallica, System of a Down e outros”, exemplifica. Outra curiosidade da Betoflex é que alguns aparelhos foram desenvolvidos dentro da própria academia.

O Blog do Betão

Betão Marcatto, que é chamado carinhosamente de “tio” ou “titio”, não tinha a mínima ideia da influência sobre milhares de marombeiros de Norte a Sul do Brasil. Ficou sabendo da repercussão do trabalho há pouco tempo, quando instalou um contador de visualizações no “Blog do Betão”. Mais tarde, encontrou muitos de seus artigos espalhados por dezenas de sites e blogs sobre musculação.

O marombeiro oferece assistência a todos os alunos (Foto: Arquivo Pessoal)

A ideia de criar uma página surgiu quando percebeu que muitas pessoas estavam com dúvidas sobre treinamento, mas não tinham a quem recorrer, seja por interesse em aprender um pouco mais ou não conhecer um profissional bem preparado. O blog se popularizou e todos os dias Betão recebe muitas perguntas que responde conforme a disponibilidade. “Às vezes, acontece de algumas mensagens sumirem em meio a tantas outras, parecendo que estou ignorando a pergunta, mas não estou [risos]. Além disso, gosto muito de escrever”, frisa.

Betão sabe que se não atualizar o blog diariamente a cobrança dos leitores aparece no mesmo dia. A justificativa é o conteúdo diferenciado que conta com metodologias de treinamento que foram criadas ou adaptadas por Marcatto. Um exemplo é a técnica 3D’s – Difícil, Dolorido e Doentio, destinada a praticantes intermediários e avançados de musculação. Em síntese, o “Blog do Betão” é recomendado para apaixonados por musculação, pessoas dispostas a treinar sob um novo patamar de intensidade.

Mister Freaky, personagem interpretado por Betão que ficou famoso na internet (Foto: Arquivo Pessoal)

Três perguntas para Betão Marcatto

Betão, o seu estilo de vida inspira muita gente, não apenas de Guarulhos [na Região Metropolitana de São Paulo], mas de todo o Brasil. Você acha que isso é um reflexo da insatisfação quanto a falta de uma política de seriedade na maior parte das academias do país?

Acho que quem treina sério percebe quando o objetivo de quem está por trás do estabelecimento é só dinheiro. O comportamento passivo da maioria dos donos de academia é o reflexo disso. Tenho academia porque amo musculação. Poderia estar trabalhando em outra área, mas isso não me traria felicidade. ‘Trabalhe no que você não gosta e só será feliz no dia do pagamento. Trabalhe com o que gosta e será feliz todos os dias’. Você tem que ganhar dinheiro, claro, mas isso tem que ser consequência de um trabalho bem feito. Por parte dos donos de academias, vejo muito “abandono” tanto de aparelhos quanto de alunos. São verdadeiros órfãos do ferro.

Como surgiu a ideia de criar a série Mister Freaky, com um fictício e controverso personagem que ganhou muita popularidade discutindo de forma bem humorada os clichês da musculação?

Publicidade feita com bom humor (Arte: Arquivo da Betoflex)

A ideia do Mister é satirizar dois públicos da musculação: o cara que se acha mau e forte e aquele que vai malhar e não treinar, o popular “franguinho”. Produzi diversos vídeos, mas os retirei da internet porque estavam vinculados a um projeto ao qual não pertenço mais. Fiz alguns remakes, mas a edição ainda não saiu. Estou estudando a possibilidade da volta do Mister Freaky.

Recursos ergogênicos são sempre úteis se usados corretamente, porém dentre os principiantes há uma exaltação dos suplementos em detrimento da alimentação. Como você avalia isso?

Alimentação é a chave. É por meio da alimentação que construímos nossos corpos, que chegamos ao objetivo. Se você negligenciar a alimentação, tudo estará perdido. Suplementos ajudam, mas não podem ser considerados essenciais. São importantes se você não tem tempo para preparar suas refeições.

Blog do Betão

http://blogdotitiobetao.blogspot.com.br